O Humilde Trabalho de um Panfletista
'O mercado tem a marca da livre concorrência: onde existe o homem, despontam
compradores em potencial.
Redução de custos, produtividade, qualidade total, tempo real e consumo são
palavras de ordem.
Nunca se produziu e se consumiu tanto, como no presente. Vivemos no reino da quantidade. O verbo mais conjugado, em todos os tempos, vozes
e regimes é o verbo comprar. Em meio a este forte apelo ao consumo, recebemos
diariamente dezenas de propagandas em nossas casas e nos semáforos de trânsito.
Em nossas residências o fluxo é intenso e nos sinais de trânsito o assédio é
grande: dezenas e mais dezenas de panfletos são distribuídos por moças e rapazes,
em alguns casos selecionados pela aparência, muitos deles vestidos com roupas com logotipos das empresas.
Sob a ótica da Economia, o quebra-cabeças pode até estar resolvido - afinal, a
propaganda é a alma do negócio.
Se a nova ordem econômica trouxe para o mercado de trabalho pessoas que
fazem a distribuição de panfletos, pergunta-se: são os panfletistas empregados?
Todos os que lidam com o direito do trabalho já vivenciaram muitas situações
semelhantes às do panfletistas
Que dizer do novo modelo, distribuidores de folhetos em residências e nos
semáforos ou faróis de trânsito?
Como primeiro dado analítico da questão, impõe-se centrar a nossa atenção na
figura do prestador de serviços. Quem são os modernos panfletários?
Trata-se, induvidosamente, de pessoas naturais, que trabalham pessoalmente,
imprimindo à relação jurídica o caráter intuitu personae, revestido pela infungibilidade
da prestação a ser cumprida.'
Luiz Otávio Linhares Renault
Iniciando nosso bate-papo, o tema de hoje é: o trabalho da distribuição de panfletos.
Como já comecei citando, a entrega de panfletos na minha opinião é sim um trabalho como outro qualquer.
Como diz Luiz Otávio "a propaganda é a alma do negócio". De fato, o panfleto é (quer queira, quer não) é o marketing de grande potencial de uma empresa. Uma propaganda de TV ou rádio além de ultilizar muitos meios para a realização da mesma, ainda não se vê ou escuta a promoção completa que uma empresa oferece.
O panfleto é um dos meios comunicativos, em que o consumidor, leva pra casa, olha e se interessa por algo. Uma criança aceita um panfleto para brincar, os pais olham também e se interessa por algo. Nem sempre nós consumidores temos o tempo necessário pra ouvir rádio, parar e ouvir a propaganda completa...
Ainda assim, os distribuidores de panfletos são os mais humilhados e explorados.
O valor diário de um panfletista deveria ser o mesmo de quem recebe um salário. Não trabalham todos os dias mas quando recebem uma "carga" de trabalho é explorativo e cansativo.
O não reconhecimento de um panfletista é enorme, tanto pelo lado contratante, como pelo receptor/consumidor. Já ouvi "patrões" dizer 'se não quizer, tem quem queira'. É onde ele se ilude, é muito dificil encontrar pessoas que se sujeitem a entregar e superar humilhações. Também já ouvi consumidores dizer 'ô, povo que não tem o que fazer', rsrsrsrs. Na verdade estamos trabalhando, acho que ele que não tinha o que fazer.
Enfim, exponho aqui uma pequena e rápida opinião: Qualquer trabalho seja ele autônomo ou não, sempre é feito com humildade. Trabalhamos porque consumimos, precisamos trabalhar pra nos manter, seja panfletando ou de carteira assinada deveriamos ser valorizados, não explorados, apenas reconhecidos...
Olá, Érica!!!
ResponderExcluirParabéns pelo exercício da escrita. Acho necessário uma argumentação que vá um pouquinho além do que você se proponha a analisar!
Um abraço!!