terça-feira, 6 de março de 2012

O Humilde Trabalho de um Panfletista

'O mercado tem a marca da livre concorrência: onde existe o homem, despontam
compradores em potencial.
Redução de custos, produtividade, qualidade total, tempo real e consumo são
palavras de ordem.
Nunca se produziu e se consumiu tanto, como no presente. Vivemos no reino da quantidade. O verbo mais conjugado, em todos os tempos, vozes
e regimes é o verbo comprar. Em meio a este forte apelo ao consumo, recebemos
diariamente dezenas de propagandas em nossas casas e nos semáforos de trânsito.
Em nossas residências o fluxo é intenso e nos sinais de trânsito o assédio é
grande: dezenas e mais dezenas de panfletos são distribuídos por moças e rapazes,
em alguns casos selecionados pela aparência, muitos deles vestidos com roupas com logotipos das empresas.
Sob a ótica da Economia, o quebra-cabeças pode até estar resolvido - afinal, a
propaganda é a alma do negócio.
Se a nova ordem econômica trouxe para o mercado de trabalho pessoas que
fazem a distribuição de panfletos, pergunta-se: são os panfletistas empregados?
Todos os que lidam com o direito do trabalho já vivenciaram muitas situações
semelhantes às do panfletistas
Que dizer do novo modelo, distribuidores de folhetos em residências e nos
semáforos ou faróis de trânsito?
Como primeiro dado analítico da questão, impõe-se centrar a nossa atenção na
figura do prestador de serviços. Quem são os modernos panfletários?
Trata-se, induvidosamente, de pessoas naturais, que trabalham pessoalmente,
imprimindo à relação jurídica o caráter intuitu personae, revestido pela infungibilidade
da prestação a ser cumprida.'
Luiz Otávio Linhares Renault

Iniciando nosso bate-papo, o tema de hoje é: o trabalho da distribuição de panfletos.
Como já comecei citando, a entrega de panfletos na minha opinião é sim um trabalho como outro qualquer. 
Como diz Luiz Otávio "a propaganda é a alma do negócio". De fato, o panfleto é (quer queira, quer não) é o marketing de grande potencial de uma empresa. Uma propaganda de TV ou rádio além de ultilizar muitos meios para a realização da mesma, ainda não se vê ou escuta a promoção completa que uma empresa oferece.
O panfleto é um dos meios comunicativos, em que o consumidor, leva pra casa, olha e se interessa por algo. Uma criança aceita um panfleto para brincar, os pais olham também e se interessa por algo. Nem sempre nós consumidores temos o tempo necessário pra ouvir rádio, parar e ouvir a propaganda completa...
Ainda assim, os distribuidores de panfletos são os mais humilhados e explorados.
O valor diário de um panfletista deveria ser o mesmo de quem recebe um salário. Não trabalham todos os dias mas quando recebem uma "carga" de trabalho é explorativo e cansativo. 
O não reconhecimento de um panfletista é enorme, tanto pelo lado contratante, como pelo receptor/consumidor. Já ouvi "patrões" dizer 'se não quizer, tem quem queira'. É onde ele se ilude, é muito dificil encontrar pessoas que se sujeitem a entregar e superar humilhações. Também já ouvi consumidores dizer 'ô, povo que não tem o que fazer', rsrsrsrs. Na verdade estamos trabalhando, acho que ele que não tinha o que fazer.
Enfim, exponho aqui uma pequena e rápida opinião: Qualquer trabalho seja ele autônomo ou não, sempre é feito com humildade. Trabalhamos porque consumimos, precisamos trabalhar pra nos manter, seja panfletando ou de carteira assinada deveriamos ser valorizados, não explorados, apenas reconhecidos...

Um comentário:

  1. Olá, Érica!!!

    Parabéns pelo exercício da escrita. Acho necessário uma argumentação que vá um pouquinho além do que você se proponha a analisar!

    Um abraço!!

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